Apesar de ter mais chances de apresentar uma série de doenças, há uma boa notícia: as pessoas com síndrome de Down têm muito menos chances de desenvolver tumores sólidos, ou arterioesclerose. O estudo sobre tumores sólidos foi feito por pesquisadores americanos no Children’s Hospital of Boston, e publicado pela revista Nature em 2009.
Acredita-se que a “proteção”contra essas doenças se deve ao material genético extra contido no cromossomo 21, e novas pesquisas estão sendo feitas para investigar como isso pode ajudar a população em geral.
Segundo testes realizados em camundongos, a cópia extra do cromossomo parece ter um gene de proteção contra o crescimento de tumores cancerosos sólidos. Este gene, chamado DSRC1, parece trabalhar em conjunto com outro gene, o DYRK1a, também encontrado no cromossomo 21, interferindo com os sinais de crescimento do tumor e da angiogênese do tumor – um mecanismo pelo qual o tumor provoca um crescimento dos vasos sanguíneos para que eles, por sua vez, possam se proliferar.
Quatro estudos da década de 80 demonstraram que a arteriosclerose é leve ou inexistente em indivíduos com síndrome de Down.
Todas essas descobertas levam a um crescente interesse na pesquisa em síndrome de Down, que pode levar ao melhor entendimento e ajudar na cura de uma série de doenças que aparecem mais ou menos nessa população.
(Fontes: Nature e Inclusive)