Muitos casais descobrem que terão um filho com síndrome de Down durante a gravidez. Após o impacto inicial, a notícia pode ajudá-los a se prepararem melhor para a chegada do bebê. Em um primeiro momento, é importante saber que não existem “culpados” pela síndrome de Down e que ela não é um doença, mas uma condição da pessoa. A criança que virá pode ser diferente da criança esperada, mas isso não significa que ela deixará de viver uma vida plena e feliz.
Os cuidados durante a gestação são os mesmos para qualquer criança. No entanto, como bebês com síndrome de Down podem ter problemas cardíacos, é fundamental conversar com o médico que acompanha a gravidez e pedir uma avaliação do coração da criança para saber se poderá ser necessário realizar alguma intervenção cirúrgica imediatamente após o nascimento.
Diagnóstico
As ultrassonografias realizadas durante o pré-natal podem apontar para a possibilidade de que o bebê nasça com síndrome de Down ou outras ocorrências genéticas. Neste caso, a gestante deve avaliar junto com seu médico a necessidade da realização de outros exames para a confirmação do diagnóstico.
Atualmente, os exames mais comuns para diagnosticar a síndrome antes do nascimento são a aminiocentese e a biópsia do vilo corial, que analisam o líquido amniótico e uma amostra da placenta, respectivamente. No entanto, ambos são invasivos e apresentam um risco, ainda que pequeno, de interrupção da gravidez.
No início de 2013, alguns laboratórios brasileiros começaram a oferecer um exame de sangue capaz de detectar alterações cromossômicas, como a síndrome de Down. A amostra é colhida no consultório e analisada nos Estados Unidos, onde é realizada uma análise do material genético do feto que circula no sangue da mãe. No entanto, a avaliação tem um valor elevado. No IPGO (Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia), em São Paulo, custa R$ 3.500.
Informações e acolhimento
Estima-se que haja uma criança com síndrome de Down a cada 700 nascimentos no Braisl. Embora mães mais velhas tenham uma probabilidade maior de ter filhos com a síndrome, a ciência ainda tenta compreender o que leva algumas pessoas a nascerem com um cromossomo a mais. Para saber mais sobre a trissomia, confira os textos da seção síndrome de Down do nosso portal.
Se você está esperando um bebê com síndrome de Down, entrar em contato com outros pais que passaram pela mesma situação pode ser de grande ajuda. Existem listas de discussão bastante populares no Brasil onde é possível tirar dúvidas e encontrar o acolhimento de quem já viveu essa experiência. Veja aqui quais são os principais grupos de pais e outros sites onde você pode encontrar mais informações.
Por falar em outras experiências, a médica Ivelise Giarolla é mãe da pequena Lorena e escreveu sobre como se sentiu ao receber a notícia de que ela nasceria com síndrome de Down durante a gravidez:
Depoimento: expectativa de um grande futuro
Confira a coluna de Ivelise na revista Pais & Filhos: