Documentário mostra caso bem-sucedido de educação inclusiva no RS

Renata tem síndrome de Down e concluiu o ensino médio recentemente. Foto: Divulgação / Reprodução R7.
Renata tem síndrome de Down e concluiu o ensino médio recentemente. Foto: Divulgação / Reprodução R7.

O curta-metragem “Outro Olhar”, produzido pela Maria Farinha Filmes e o Instituto Rodrigo Mendes, mostra a história da estudante gaúcha Renata Basso, que tem síndrome de Down e concluiu o ensino médio recentemente. Renata estudou no Colégio Estadual Coronel Pilar, em Santa Maria (RS), que se tornou referência em educação inclusiva.

Em 1993 a instituição recebeu o primeiro aluno cego em uma classe de ensino regular, reconheceu a importância social e aceitou o desafio pedagógico de ter salas de aula mais plurais quando tais práticas ainda eram absolutamente incipientes e experimentais na educação brasileira.

 

VEJA O FILME

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2. Versão resumida com Libras:

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4. Versão integral:

5. Versão integral com Libras:

6. Versão integral com audiodescrição:

SOBRE A RENATA

Personagem principal do documentário Outro Olhar, a gaúcha Renata Basso, de 19 anos, é uma das poucas jovens com síndrome de Down de Santa Maria, Rio Grande do Sul, que se formou no ensino médio depois de estudar em escolas públicas a vida toda.

Retratando os desafios da educação inclusiva no País, o filme que ela protagoniza mostra como Renata quebrou paradigmas em sua cidade e se tornou um exemplo para outras crianças com necessidades específicas.

— Entrei em uma escola pública quando tinha seis anos. Nunca frequentei outro tipo de colégio. A primeira lembrança que tenho é que me dava muito bem com as minhas amigas, nunca me senti excluída.

Roseane Basso, irmã da jovem, contou que a família foi aconselhada a incluir Renata em atividades com outras crianças que não tinham necessidades específicas.

— Minha mãe foi aconselhada por  um grupo de professoras da Universidade Federal de Santa Maria a colocá-la em uma escola pública. A universidade ofereceu acompanhamento específico para Renata durante todo o ensino fundamental.

Renata foi alfabetizada aos oito anos e acompanhava bem a turma, mesmo assim, conta que o ensino médio foi um período especialmente desgastante. Na mudança de escola, a jovem perdeu o acompanhamento e teve que lidar com outros desafios.

— A escola era muito grande e eu imaginava que não conseguiria fazer muitos amigos, mas pedi para entrar nos grupos e consegui. Tinha algumas aulas que eu não era capaz de acompanhar bem, mas outras, como biologia, eram bem legais porque a professora explicava tudo bem explicadinho para mim.

ESTUDO DE CASO

O filme é resultado do Estudo de Caso com a Experiência Educacional Inclusiva do Colégio Estadual Coronel Pilar e os desafios do ensino médio, desenvolvido pelo Instituto Rodrigo Mendes, com o apoio do Ministério da Educação – MEC. O material completo da pesquisa está disponível na plataforma Diversa.

Com informações do R7 e Alana.