Você conhece algum jovem com síndrome de Down que busca uma oportunidade de emprego?

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(Foto: Raquel Bento)

Conheça as oportunidades do SENAI!

O Programa SENAI de Ações Inclusivas (PSAI) oferece qualificação para que pessoas com deficiências trabalhem na indústria. Com o programa, além de cumprir a lei que estabelece cotas para deficientes nas empresas, o empresário pratica a responsabilidade social. As pessoas qualificadas têm chances de inclusão e ascensão no mercado de trabalho. Os profissionais são capacitados pelo PSAI em centros de ensino do SENAI espalhados por todo o país. Esses centros contam com profissionais treinados para cada tipo de desafio. As pessoas com deficiência – física, auditiva, intelectual, visual ou múltipla – frequentam os cursos regulares da instituição (turmas inclusivas), mas com material didático adequado a cada necessidade. As aulas – em turmas inclusivas, das quais participam estudantes com deficiência e os outros alunos – contam com professores qualificados para lidar com diversos tipos de deficiência, além de material didático adequado à situação de cada estudante.

Há cursos em diferentes segmentos como alimentos, têxtil e vestuário, mecânica, tecnologia da informação, construção civil, gráfica design e web, automotiva, eletricidade, entre outros.. Alguns cursos exigem como escolaridade mínima até a 6a série e outros o segundo grau completo. Alguns cursos são gratuitos e integram o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Além da matrícula e das mensalidades gratuitas, o Pronatec oferece aos estudantes transporte, alimentação e material didático.

Outra solução oferecida pelo PSAI ao empresário envolve a Lei do Aprendiz, que ampliou as opções de contratação com a capacitação para o trabalho de aprendizes com qualquer deficiência e sem limite de idade superior. A Lei da Aprendizagem ainda conta com o Plano Nacional Viver sem Limites, que possibilita ao aluno aprendiz acumular até dois anos de salário do benefício que recebe do governo (BPC) junto ao benefício da contratação da aprendizagem.

A coordenadora do Programa SENAI de Ações Inclusivas (PSAI), Adriana Barufaldi, lembra que a qualificação profissional tem importância não apenas por melhorar as condições para se conseguir emprego. “A formação abre possibilidades para que a pessoa com deficiência passe a investir em várias áreas da própria vida. Para a sociedade, conseguimos transformações culturais, na superação de preconceitos e de barreiras arquitetônicas, metodológicas e comunicacionais”, avalia.

Os interessados podem entrar em contato com o coordenador dos cursos para inclusão de pessoas com deficiência, oferecidos nos 26 estados e no Distrito Federal. Veja a lista abaixo.

EXPERIÊNCIA – Nos últimos seis anos, o SENAI formou 78,3 mil pessoas com deficiência. As matrículas anuais saíram de 10 mil, em 2007, para 17 mil no ano passado. Esse incremento é resultado do esforço do PSAI. Criado em 1999, o programa tem como objetivo qualificar as pessoas com deficiência e apoiá-las na inserção no mercado de trabalho. Além disso, promove o acesso a cursos de educação profissional e tecnológica para atender com recortes de gênero, etnia e maturidade, além de requalificação profissional.

Desse trabalho já resultaram quatro cursos de formação adaptados para pessoas com deficiências intelectual, física, auditiva ou visual: operador de microcomputador; montador e reparador de microcomputadores; mecânico de manutenção de motocicletas; e mecânico de manutenção de motores ciclo Otto (utilizados em carros de passeio). Trezentos docentes foram capacitados para atuarem nesses cursos e outros 300 para lidar com alunos com deficiência intelectual. Há também 22 livros didáticos desenvolvidos nessas áreas.

As vagas oferecidas dentro do Pronatec, porém, não são restritas a esses cursos. Quando o interesse é por outras opções, grupos de apoio local – formados por equipes técnicas e pedagógicas do SENAI e de entidades parceiras – atuam para propiciar a inclusão nas aulas. Eles são responsáveis, por exemplo, por criar práticas pedagógicas que garantam a participação e o aproveitamento no curso.

De acordo com Adriana Barufaldi, a maior dificuldade ainda é informar as pessoas com deficiência sobre as vagas. Ela acredita que o plano do governo federal Viver sem Limites, que incluiu essa parcela da população como público do Pronatec, vai melhorar essa realidade. “Conseguimos aproximar entidades como o SENAI, responsável por oferecer cursos, de organizações governamentais ou não que reúnem a necessidade de formação das pessoas com deficiência”, diz.

Confira abaixo a distribuição das mais de 13 mil vagas para pessoas com deficiência via PRONATEC (segundo grau completo) nos estados e pelo CETIQT:

Alagoas: 639
Amapá: 145
Amazonas: 73
Bahia: 100
Espírito Santo: 2.300
Goiás: 1.200
Maranhão: 352
Mato Grosso: 3.640
Mato Grosso do Sul: 38
Paraíba: 100
Paraná: 1.619
Rio de Janeiro: 78
Rio Grande no Norte: 150
Rio Grande do Sul: 101
São Paulo: 394
Santa Catarina: 2.225
Tocantins: 88
CETIQT: 697

TOTAL: 13.736 vagas

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