Liane Martis Collares é a nova assessora técnica da Coordenação de Promoção da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Estado das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos do Distrito Federal. Ela foi nomeada pela Secretária de Estado Marise Nogueira. O coordenador da área é Paulo Beck.
Autora do livro “Liane, Mulher como todas” e atriz de teatro da Companhia Néia e Nando, Liane tem 51 anos e deixa o trabalho no Superior Tribunal de Justiça para assumir o cargo na secretaria.
Patricia Almeida, cofundadora e Conselheira do Movimento Down e membro do Conselho da Down Syndrome International disse que está muito feliz por Liane “as pessoas com síndrome de Down estão prontas para ocupar todos os espaços que lhes cabe na sociedade. Basta que tenham oportunidade. Liane é uma grande amiga e defensora dos direitos das pessoas com deficiência, que tive a felicidade de conhecer desde que minha filha, Amanda, nasceu, há dez anos. Parabenizo a Secretária Marise Nogueira pela atitude inclusiva. Tenho certeza que Liane fará a diferença na equipe da secretaria”.
Veja a matéria sobre a nomeação de Liane no Correio Brazilense http://bit.ly/1FzgVgo
Mulher com síndrome de Down assume cargo comissionado em secretaria
Obstinação é a palavra que a mãe de Liane Martins Collares usa para descrever a filha. Não é por menos. A mulher de 51 anos é a primeira pessoa com síndrome de Down a assumir um posto comissionado na Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Direitos Humanos
A última segunda-feira se revelou muito especial para Liane Martins Collares, 51 anos, com a concretização de um sonho. A comissionada tomou posse na Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Direitos Humanos (SMIDH) como a primeira pessoa com algum tipo de deficiência intelectual a assumir um posto no órgão. O caso da assessora técnica é também raro no serviço público em geral. “É uma emoção muito grande estar aqui, poder trabalhar e ser como eu sou”, diz.
Liane tem síndrome de Down e faz parte da equipe da Coordenação de Promoção de Direitos das Pessoas com Deficiência, um dos braços da Subsecretaria de Direitos Humanos. A indicação veio de Paulo Beck, coordenador da pasta. Ele a acompanha há 20 anos, quando ela fez o primeiro estágio. A funcionária fazia atividades simples de escritório. Aquele tornou-se o primeiro contato dela com o mercado de trabalho e com a vida adulta. Em seguida, ficou 9 anos na creche da Fundação Cruz de Malta. Com orgulho, afirma que cuidava de recém-nascidos e de crianças.
Depois disso, Liane continuou a desenvolver habilidades e expressava a vontade de trabalhar novamente em atividades mais voltadas para o mundo burocrático. Ela deixou a creche e conseguiu uma vaga de secretária no Superior Tribunal de Justiça (STJ), saindo em dezembro para se preparar para a nova empreitada, a posse como funcionária do GDF.
Fonte – Correio Braziliense
Crédito da Foto – Marcelo Ferreira – Correio Braziliense