Sambista com Síndrome de Down diz que música é sua grande companheira

Dudu do Cavaco tem síndrome de DownCom apenas 24 anos, o mineiro Eduardo Gontijo já possui uma talentosa trajetória na música. O jovem domina cinco instrumentos musicais – cavaco, banjo, pandeiro, repique e surdo – faz parte do grupo de samba Trem das Onze, é integrante da bateria da escola de samba Embaixadores da Alegria e já tocou com grandes nomes da música nacional, como Arlindo Cruz e Monobloco. Além de se apresentar todas as sextas-feiras com o Trem das Onze em Belo Horizonte, Eduardo também toca em diversos eventos e é constantemente convidado a abrir solenidades. Como se não fosse muito, o músico também se dedica às aulas de teatro e dança e no momento está gravando um documentário onde contará a sua história.

Dudu do Cavaco, como é conhecido, tem Síndrome de Down e é apaixonado por música. Fã de samba e MPB, seu gosto por esses estilos despertou cedo, quando ainda bebê já participava das rodas de samba da família. Com apenas seis anos já tocava pandeiro e aos 12 começou a se apresentar fora de casa. O cavaquinho veio um pouco depois e se tornou seu instrumento preferido. Seus maiores xodós são seus dois cavacos autografados por Chico Buarque. “A música sempre foi minha companheira. Transmito meus sentimentos pelas cordas do cavaquinho e minha emoção através da música”, contou Dudu.
Dudu do Cavaco, que tem síndrome de Down, e seu irmão, Leonardo

O apoio da família, composta em sua maioria por músicos, esteve presente desde sempre. O irmão mais velho, Leonardo Gontijo, é seu maior companheiro e criador e coordenador do projeto Mano Down, que também deu origem ao livro Mano Down: Relatos de um irmão apaixonado. Hoje os dois viajam juntos pelo país dando palestras acompanhadas pelo cavaquinho de Dudu. Para Leonardo, a música é o maior instrumento para superar preconceitos.

 

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