Marina tem 17 anos e, como muitas pessoas com síndrome de Down, teve uma infância com problemas respiratórios e pneumonias, além de questões dermatológicas, que foram amenizando durante seu crescimento até o completo desaparecimento.
Assim que completou um mês, começou a ser atendida na APAE, onde permaneceu por apenas 1 mês. Aos 3 meses de idade passou a ser acompanhada na Clínica Nossa Senhora da Gloria, no Rio de Janeiro, quando sua família iniciou o Método de Reorganização Neurológica. Por essa razão, toda sua estimulação era feita em casa mesmo, pelas pessoas que compunham o ambiente familiar, conforme a orientação do referido Método.
Marina começou a estudar em escola regular, no Colégio Adventista, em Belém, e aos seis, sete anos, já estava alfabetizada, desenvolvendo um verdadeiro fascínio pela leitura. Acordava cedo, já com um livro na mão, chegando ao ponto de, para que Marina se dedicasse a outras atividades no dia, a família ter que “esconder” momentaneamente seus livros.
Sua paixão por leitura a levou a conquistar diploma de leitura, entregue aos alunos que liam a maior quantidade de livros. E assim Marina chegou ao Terceiro Ano do Ensino Médio, o que lhe exigiu muita disciplina, pois tinha que dormir cedo e estudar nos dois horários, contando apenas com um pequeno intervalo para o almoço. Como muitos jovens que se preparam para o Vestibular, Marina também faz Kumon e o Método Supera e conta, em casa, com a parceria de sua mãe e de sua professora Janaína Torres, na rotina domiciliar de estudos.
Em 16 de outubro deste ano, Marina prestou vestibular para Gestão de Recursos Humanos na Facukdade FACI, em Belém, concluiu a mesma prova de todos os candidatos integralmente e obteve aprovação. No último dia 22 de outubro prestou outro vestibular, na Faculade Estácio, e está aguardando ainda o Vestibular da UNAMA, Universidade da Amazônia.
Parabéns à universitária Marina e toda família!
Ela é a 34a. pessoa com síndrome de Down que temos notícias a passar pela faculdade. Veja a lista:
http://www.movimentodown.org.br/2014/01/inclusao-leva-a-universidade-e-alem-2/
A felicidade da mãe, Marília, e do pai, Francisco.
A aprovação foi comemorada pela família e amigos.